Dois
desiluditos
bebem
até a rapa das garrafas
que
viram sob
a
lua;
dois
amantes
se
fundem, de fodem e se juram
eternidades
sob a lua;
marido
e esposa,
cada
um em seu canto, esfolam-se
com
escondidamente com algum pardal
ou
com alguma siririca
sob
a lua:
a
lua dos poetas,
a
lua dos loucos,
a
lua dos amantes,
a
lua dos pecadores,
a
lua dos pescadores de ilusões
inúteis.
Eu
também,
em
minhas solitárias noites,
contemplo
a lua, que gentilmente
também
se acasala e ama
meus
nus vazios!
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