Dizes que não te amo,
que não te quero e que não ligo
para quase para nada
que dizes a mim;
e, de fato,
talvez eu não saiba amar
cá deste meu angustiante deserto interno,
de onde te imagino
(em poesias
escritas às secas areias do cerne)
tão bela e esplêndida
como um feixe de helianto azul
fugido casuisticamente
do destino,
a atravessar-me
[cortantemente] o perfumado silêncio
das solitárias e tristes
noites.
Nenhum comentário:
Postar um comentário