Querida,
olha em volta
a selva de concreto,
onde tudo pode parecer
perfeito,
desde que
não se pouse nela mais
que a distante e torpe
visão;
e me dize
por que me foges
– e por que e condenas
assim? –,
se ainda podemos
nos habitar o mesmo
local
e o mesmo momento
eternizáveis,
se não sabemos
o que vai ser do mundo
amanhã,
e se até o minuto
seguinte
não nos passa
de uma vazia
possibilidade
sem nosso sonho
nuvem?
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