... se sonho por aí,
dizem que me insano,
se me ando por aí,
dizem que não tomo banho,
se so ser filosofo
e se o sangro por aí,
dezem que sou niilista
medonho,
se transo com
alguma boceta às calçadas
e quartos escondidos da estrada,
dizem que sou tarado
ferrenho;
se digo amar
dizem que sou dissulado
e estranho;
assim,
não me restou outro jeito
se não me desertificar
no meu canto,
onde pareço
me dar de um modo menos doloroso,
somente com minhas próprias vesanias,
com minhas próprias fantasias
e com meu próprio pau que,
de tão rijo, vive sempre
ao céu buscando!

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