... noite azeda,
ainda mais vazia que de costume,
lá fora,
o frio vento sopra e não há
nenhuma flor sequer, para eu ver
balançar;
lá. naquelas
luzes distantes, às salas e aos quartos,
coisas e coisas e mais coisas, e amores,
e dádivas, e carícias,
e sexos,
e aqui junto
a mim essa inutilidade de tudo
sem nenhuma boca sequer
para beijar;
lá, onde
os sonhos e as esperanças pipocam
e dançam ao ritmo das raiscantes estrelas
brancas,
e aqui,
aprisionado, não conseguindo sequer
ser um fugitivo de minhas
próprias sombras!
Nenhum comentário:
Postar um comentário