Algo
sobrevoou
diferente
por este escuro
deserto
hoje;
algo
que
há
muito me olha, como a todos
os
demais espelhos que
aqui
se afloram:
Algo
que
sugeriu
que eu fosse espiar pela janela,
o
que imediatamente me remeteu à lembrança,
retratada
por Platão,
da
caverna;
algo
que
me
sugeriu um vinho tinto do porto
que
me remeteu à ideia de má-fé já inicial
de
um ser cujo nome faço
segredo;
algo
com o estilo
de
erros meticulosamente calculados
para
dissimilar as ações que me remete ainda
a
uma outra visão, da qual tambem
faço
segredo.
Ana
tivesse
viva,
eu ainda arriscaria,
porque
com Ana havia vida até
na
morte fria,
mas,
como
está
ao apagamento definitivo,
eu,
simples cão, não vou mais bancar
heróis,
deuses ou vilões
adivinhões!
Nenhum comentário:
Postar um comentário