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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
LUZ E SOMBRA
Houve um tempo,
nos soslaios dos ébrios caminhares
por entre as imagens
do mundo,
que singular força
me precipitou a algo que
imaginei ser uma
luz.
E tal como as mariposas
de retinas cegas buscam o fatal enlace
à florescência das lâmpadas
de néons;
da ampla e espúria
circunferência de meu ego,
lancei-me à vertigem de cândido brilho,
com soberano desejo.
Foi então, com as híspidas
aas espiralando-se ao chão, que aprendi
que as luzes nem sempre
são confiáveis,
e que, muitas vezes,
tiram das sombras suas tênues
e virgens essências.
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