Às vezes,
dizem-me que o verão chegou
e que eu deveria navegar (sob seus raios)
por mares em fulgor;
às vezes,
dizem-me que o amor existe
e que eu deveria me entregar a ele
com sublime louvor;
em outras vezes,
dizem-me: “és tolo; enquanto a vida
passa, morres-te aos poucos
entre cinzas e devaneios
niilistas;
como se lhes fosse
possível realmente se colocarem
em minha senciente
janela
e recusarem
o êxtase de meus campos alagados,
de minhas águas enregeladas
e de meus céus
nublados.
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
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