terça-feira, 27 de janeiro de 2015

NOVA VERSÃO PARA "O ÚLTIMO CHAMADO"


Reposas-te-me
as causas, as consequências e os cansaços,
cuidar-te-ei os sonos atravessados
e renovar-te-ei os sonhos
ressecados.

Soprar-te-ei a face pálida,
para apagar-te as falésias abertas
pelo tempo e pelas marés
da mesma praia deserta

em que te naufragaste
com tuas escolhas, em pulsos e impulsos
nela ricocheteados.

Relaxa, zelar-te-ei o sono
e o sonho com lúgubres versos,
que a vida sem poesia é uma miséria,
que a alma sem poesia se fende
e se degreda:

por isso,
entrega-te a mim e adormece,
que transvarsar-te-ei desse séquito crepúsculo
em renovada vida e poesia.

Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)

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