Sóis verdes festejam
ao vivo cerne de um novo tempo,
rasos mares se convulsionam
com seus mitos e lendas,
vaga-lumes nus fazem
conferências diante da nova fluorescência,
campos se empolgam com as novas sementes
que lhes chegam vividamente prenhas,
trens se lotam de passageiros
que vêm ver os novos voos da ressurrecta,
mapas celestes se reordenam
sem duplas fendas,
os infinitos se agitam
excitados aos novos horizontes magenta:
ela ressurge assim,
toda esplêndida, enquanto ainda habito
o covil dos leprosários banidos
e das sombras malditas.
Péricles Alves de Oliveira – Thor Menkent
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