quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

ESQUIZOFRENIAS CXIII


Andar em bordo
da ponte

– com uma lamparina
às mãos a delirar as coisas iluminadas,
a olhar de esgueira as sombras
projetadas –,

incautamente
pensando-se ser fruto vivo
e eterno de um orgasmo
divino;

sem passar, entretanto,
de uma quântica aberração cosmológica
a colocar tudo e todas
as casualidades

confinados
às enfermas e efêmeras condições
de suas abnormais
existências.


P.S. Do “Ser”


Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)

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