domingo, 6 de outubro de 2019

PAI, PERDOA-NOS, SOMOS SAPIENS


... depois que
os verões se enxugam
e os invernos se enrugam aos caminhos
e descaminhos

(já exaustivamente
desgastados por tantos voos,
quedas e esfregaços),

que virá após
(e depois de após) senão inícios e reinícios
de mesmos ciclos

tão cheios de vida,
tão cheios de equívocos,
tão cheios de morte?

Por isso, Pai,
mais que nos perdoar, é preciso fazê-lo
(embora doloroso) sempre
e incondicionalmente,

porque o que
mais fazemos é nos colocar
à imanente beira
do erro.

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