domingo, 11 de agosto de 2019

QUANDO SE MORRE DE AMOR


… ela dizia
que estava morrendo por me amar
tanto,

e eu percebi que,
diante de tanta loucura, eu tinha
de abandoná-la para sobreviver, pois
ser-me-ia fatal essa luta
solitária:

entre traições
e chuvas de ogo que promovemos
para tentarmos provocar nossas metafóridas
mortes e aliviar nossas insanas
dores,

perdemos
partes nossas, ou nos perdemos
todo em outros cantos, em obscuros recantos
e em leitos brancos:

depois de sua eterna
partida deste mundo, em real morte,
não sobrou praticamente nada
daquele grande e mal cuidado
amor de outrora!

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