senão dois amantes adoradores
de imagens em jogos
de espelhos?
Que fomos
senão apenas mais dois objetos
do querer e do desejo, quando nos bebíamos
de corpo e alma inteiros?
E quando pegávamos
do mundo o tesão, a fantasia, a loucura
e os brilhos e pesos?
Que sonho
foi aquele nosso à nuvem,
se vivíamos rolando pedras aos chãos
o tempo inteiro?
Que grande e eterno
amor era aquele que nos jurávamos
com uma linguagem colorida,
mas afiada como navalha
bêbada?
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