quando me ia subindo
trepado por entre as paredes das casas,
e dos prédios de cimento;
e depois atarraxado
às entranhas de pássaros com asas de metal,
a subir-me cada vez mais alto
em direção a não
sei o quê.
Sei que vi quando os telhados,
as janelas e as portas das gaiolas concretizadas,
como os caminhos fabricados por multidões abaixo,
foram-se desaparecendo;
e as cores e as imagens
– todas elas –,
juntamente com pássaro metálico
foram-se transmutando disformemente,
em um branco ou preto
sem sentidos,
prenunciando o fim das verdades
– das minhas verdades –
que também se me foram esquecendo
em minha volta à indecifrável
origem cosmológica.
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