quarta-feira, 15 de maio de 2019

A BELÍSSIMA PROSTÍBULA!


Nobres palavras
ressoaram de teus lábios,
sobretudo quando te postavas
perante manipuláveis
espelhos;

não obstante,
vi escorrendo de teus olhos
– que te condenaram –
mentiras em brilhos
secos.

E não é por isso
que eu deveria ter te julgado
os enredos dos verbos
e as espuriedades
das atuações

– até porque bem sei
que não é possível ao sapiens
a sublimidade plena
que ele almeja –;

mas,
se te preguei à cruz,
foi somente porque atacaste
aquele que, como tu, tem incontável
e vil pequenez
de espírito.

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