sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

MITICAMENTE LOUCOS






... sim, sou um rato,
um verme, um faminto, obeso
e obscuro cão,
querida;

e tu és águia
(com absoluta certeza),

mas com o canto
ressoando em tons navalhados,
e as asas feitas
de frio aço.

Péricles Alves de Oliveira

Um comentário:

  1. Águia metálica? Como a das insígnias? Ou de frágil papel, como nos origamis? Aposto nesta. E subitamente lembro-me do Anjo Dourado - o sonho, a vitória - na praça de Berlim. Por quê? Não sei... Coisas que a cabeça junta, cruza, mistura, e não dá tempo - nem sobra vontade - de se analisar. Um poema é assim: quando "pega na veia" os sentidos ficam anárquicos. Se mexeu com algum ponto, já valeu. Não é? Beijos. KML

    ResponderExcluir