terça-feira, 23 de dezembro de 2014

IMAGEM SUSPEITA



A imensidade
de tuas ilusões, de tuas fantasias
e de tuas vesanias:

“menos”.


O incomensurável

poder de resistires ao tempo, à monotonia
e à seara vazia:

“menos”.


O fluorescente

infinito, onde puramente te voas
com asas inválidas:

“menos”.


Tuas flores, tuas nuvens,

tuas luzes (teu eterno e perjurado amor)
a me cegarem:

“menos”.


Minhas chuvas a

(quem sabe um dia), entre espelhos
e espinhos, calarem-se:

“menos ainda,

viu?”

Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)

Um comentário:

  1. "Menos ainda". Lembrei-me do poema do Bandeira, curtinho: "
    Beijo pouco, falo menos ainda. /
    Mas invento palavras /
    que traduzem a ternura mais funda /
    e mais cotidiana./
    inventei, por exemplo, o verbo teadorar ./
    Intransitivo:/
    Teadoro, Teodora./ " __ Como sabemos, MENOS pode ser MAIS. K



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