TEMPO DE IR EMBORA
O tempo agora
é de abandonar o incauto caminhar
entre imagens de flores
perfumadas
de congelar os vOos
com alvas passarinhas onirizadas,
e de trancar ao cerne as insânias
outrora estravazadas;
o tempo agora
é de manter a ausência da nuvem,
evitando novas chuvas
e vendavais;
de deixar
os exíguos sonhos naufragados
e não ousar ser mais
que nada.
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