... eu tento, juro,
ser sincero em meus
poemas,
eu tento falar
sobre o amor, sobre o
desejo
e sobre a existencial
ponte;
eu tento
não ferir o sol e a
nuvem
e me constituir em
pedra para
não atingi-los;
eu tento
evitar versos de ouro
que possam
engastar as asas de
algum anjo perdido
ou fragilizado pelos
percalços
da vida;
eu me
coloro negro, porque
do negro
niguém se aproxima;
eu tento,
eu tendo, sim, ser
sincero
no que escrevo; mas
eu sempre escrevo
com medo do que pode
dizer,
ao papel, a pena:
o que não me ajuda,
e assim percebo minha
sina
infelizmente, é minha
frágil condição
humana!
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