PUERÍCIA PERDIDA
Ainda ontem
havia uma criança adormecida em mim,
até que lhe perturbaram
o sono:
ai que suaves contornos lâmina,
ai que doces palavras perfumadas,
ai que virgem broto sulco,
ai que sensual imagem
polida
– dela –;
ai que puro amor entre a bruma,
ai que assombro sua partida em nua chama,
ai que triste engano da lua,
ai que fria minha
sepultura!
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