sexta-feira, 14 de julho de 2017

... NÃO ME TRANSFORME NA PRÓPRIA CHUVA!


Por favor
não me faças chover,
que carrego sombras estranhas
ao cerne:

posso, por um momento,
enlouquecer-me
e mostrar-te os castelos
escondidos
onde guardas segredos
que conheço,

posso queimar-te a vinha,
as asas e os flashes
de luz que saem,
em incautos regozijos,
de tua boca.

Por favor, querida,
eu suplico:

não me faças chover,
porque te amo,
mas realmente posso matar

este doce encanto.

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